quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

UXÓRIA(UXÓRIA!) - glossario verbete



Por que  mulher precisa tanto de um par?
A mulher pode estar em solidão
mas não em solitude;
comunitária, necessita outorga uxória(uxória!),
não somente do  marido,
porém também do sacerdote,
pois ela é proibida
de exercer a função sacerdotal
na religião cristã,
conquanto tenha sido pitonisa, sibila..., na Hélade;
feiticeira, medium, bruxa
em outros cultos e plagas.
Por isso, a mulher sempre procura um homem
que lhe atende no papel social de médico,
padre, marido, amigo...

A mulher marca o homem com o signo da besta
ao levá-lo ao altar.
Eleva-se e relega-o a um títere.
Cria a escravidão para o homem
através do sexo, cavilosa,
e das consequências dos atos sexuais
em cada filho ou filha legítimo,
não bastando os bastardos, bastantes.

Quem vai acompanhado
vai com a solidão pela metade
ou acrescida da solidão de outrem
( isso o casamento: casamata);
adiciona à sua solidão à solidão que é a companhia de outrem,
aditando, destarte, uma parte fictícia à realidade,
pois a solidão é intransferível
e defectível, se lhe falta a solitude.

Quem, pelo caminho do vau, vai solitário
ou em solitude, ou com ambas pesando em azul,
na abóbada celeste
ou verde à vista de montanhas daltônicas,
este solitário em solitude
vai sonhando com companhia
que lhe mitigue
as agruras do caminho longo
vincado pela solitude
que não  deixa passo, rasto
e a solidão que não deixa
nem uma porção de fel
que esmaga o felá :
com sua gravidade em si,
sobre si,
maior e mais pesada
que o si de um violoncelo em concerto
ou quedo no canto aonde uma aranha
arranhou uma teia
em contraponto à melodia.
O violoncelista e o violoncelo se dobram
em sua gravidade em si,
sob o peso da sua gravidade sobre si.

Este solitário e em solitude,
que sou em som maior, mais grave,
imagina-se, portanto, em companhia de um ser ideal
( Companhia de Jesus, digamo-mo-lo!)
que não lhe ocasiona
o mal do real
que cabe de cabo a rabo em cada ser
total ou parcial na orquestra de viver
e de tocar a vida.
( A vida, que se mescla com a existência humana,
na doutrina do filósofo Sartre,
- a vida são duas orquestras
até onde fui pensar
na forma de ode
sobre a engenharia do corpo humano na fisiologia
e a anatomia construída e mantida
por essa engenharia viva.
Viva engenharia,
viva!, ainda no avô...
em idade provecta.).

Quem vai só
não vai só
pois não deixam e não querem
que alguém tenha a ousadia de ir só
pelo caminho,
pois estar só é perigoso
é um mal-estar
- para a comunidade! singela, simplória...
Então... :" Vai com Deus!",
"Deus o acompanhe"
com Champagne
- mas  vá pelo vau
com "o diabo atrás tocando viola!",
como diria minha mãe, que o disse sem tosse
ou xarope contra,
inúmeras vezes. Useira e vezeira
da ironia, que limpa a alma.

Quem vai acompanhado
leva um amigo leve
ou  Deus dos Céus
descido da cruz
ou com o diabo
por baixo, nos subterrâneos do Baixo em tom de Violoncelo:
Hades, metaforicamente falando com gravidade
de violoncelista arisco.

Para por fim ao fogo
que arde em meu peito
o que vejo à frente,
em retrato, ato de engenharia na luz,
digo que no meio de duas mulheres
estava uma criança feliz, amada,
um menino entre a avó e sua jovem tia,
minha filha e a esposa que posa,
sob os olhos do avô,
em voo com canto rascante sobre o vau...
O avô que os servia a todos
com todo o bem que é o Bem
e do que quer o Bem,
todo o Bem :
o bem-me-quer
e o bem-querer
e o bem-te-vi...
Todavia não o bem
que se amealha em bens,
que locupleta os míseros de alma,
que vicia a avareza e a cobiça
naqueles infelizes que jamais vieram a encetar
o caminho do amor
que leva à paz próspera
do outro lado das flores
que estrelam as florestas.

Um menino inteligente
está assaz anos-brisa de sua mãe,
no Cavado de Monções,
anos-caravela do anão, seu pai,
que degenera e se torna um ser bitolado,
liquidado, apenas cara e vela
- vela que nem percebe mais a vela-padrão
no aglomerado galáctico das Cefeidas,
na Constelação do Cepheus,
costela do céu imaginário
que vaga em vagalhão pelo coração do homem
- marinheiro enamorado
anos-monção-Trás-os-Ventos
que rodopiam moinhos
na cabeça de Dom Quixote:
este homem,
esse homem
e aquele homem
que corre Sancho
levando pesada pança;
que Dom Quixote somos,
qual Sancho Pança somos :
- "Ecce Homo".
"Ecce Homo" é o menino?!.
Deus no-lo deu?!
"Ecce homo!;" ouve-se ainda o dito
do governador Pôncio Pilatos
com escárnio escorrendo pela boca romana
qual peçonha de serpente
libando abaixo do Serpentário,
o qual é mais extenso que os céus.
 Não faço menção da menina
( a Virgem no-la deu à luz
privilegiando outra faceta do  espectro?!)
porque quem sabe a sabre
sobre a monção que umedece a menina
é Adélia Prado, de "Coração Disparado",
poetisa, douta e douda especialista
( douda borboleta, ó Castro Alves!)
na outra face em fase no "Ecce Homo!"
apresentado pelo governo ao povo
para que o sacrifique nas aras.
Holocausto.

O menino é mui melhor que o homem;
o homem, um menino em degenerescência irreversível.
O menino sente o mundo :
é esse o primeiro modo de pensar.
O segundo modo de pensar
deixa de sentir o universo
e passa a ler signos sem sentido,
eivados de significados
sem espaço "in natura"
mas figurados em símbolos
desenhados à mão humana
como primícias de artefatos
ainda em traços abstratos
separados do natural
mas arraigados na cultura
que se delineia paulatinamente.

O homem livre é o menino
que cria suas próprias normas
sobre as estelas de Hamurábi,
que são estelas dos homens com nome.
( Seria Nietzsche um menino em eterno retorno ao trono
e ainda impregnado da terra do paraíso :
árvore, erva, hera, arbusto e liana...
terra que dá monta à árvore, à erva, à hera...
ao homem que lá vivia
e exercia seu bom-senso :
o homem em menino?!).

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sábado, 22 de fevereiro de 2014

PRIMOGENITURA(PRIMOGENITURA!) - verbete glossario


Jacó passou toda a noite
lutando  incessantemente
contra um ser, um homem.
E continuou a porfia
até a madrugada arroxear-se
em renascimento ( outra natividade?!)
cujo nascer-renascer
começa no sangue
antes morto
ou de morto
a macular as trevas.
Trevas são sangue morto,
de morto antigo.

Essa "renascença" sanguinolenta
é ressurreição encetada no roxo
que, paulatinamente,
toma a cor do vermelho,
toda a máscara do vermelho
cai ao rosto
da alva empós a transfusão 
no arroxeado que anuncia com o anjo da madrugada,
cantada, galante "criança" recém-nascida,
dada em iniciação mística
ao sol, um deus no levante,
já na precessão do dilúculo,
que cava a barra da alva
que se esbarra nas trevas
e aviva o sangue
do arroxeado vivo
ao vermelho vivo :
hemácias, hemoglobina, eritrócitos:
vermelho vida
( Seria essa a primeira ressurreição do Cristo,
fora dos compêndios de teologia?!).

Depois dessa peleja renhida
Jacó foi renomeado por Deus,
que era o ser
com quem se engalfinhara
até o romper da  alva
junto ao cordão umbilical
de um novo homem,
o qual buscava a paz.
No que tange ao lutador,
era o Anjo do Senhor,
ou seja,  o próprio Deus
que, a partir  desse feito heróico, memorável,
passou a chamar-lhe "Israel":
"Aquele que lutou contra homens e Deus
e prevaleceu" : este o significado do nome "Israel".
De fato, Jacó representa ou simboliza o homem comum,
pois quando nasce vem agarrado ao calcanhar do irmão Esaú
a quem engana vida fora,
tomando-lhe até o instituto da primogenitura,
graças à sua esperteza
e a modorra do irmão Esaú.
( Veja a expressão "paga no pé",
a qual se encaixa como luva e mão
no caso de Jacó).
É astuto, adiloso e inescrupuloso na juventude
pois não titubeia em passar ser sogro Labão para trás

com artimanhas brilhantes.
É o ser humano em sua necessidade de aprender a sobreviver
num mundo cruel.
Ele não pode contar com ninguém,
nem confiar senão somente em si
e em seu Deus.
Jacó foge da terra de seu pai
por causa dos seus logros
contra o violento irmão Esaú,
a quem ele não cansa de trapacear
e que lhe ameaça de morte iminente.
Esconde-se na terra do sogro futuro Labão
( outro que será lesado, extorquido, vilipendiado...).
Ao retomar caminho de volta à Casa Paterna,
leva consigo e os seus
praticamente toda a riqueza
que Labão amealhara
durante longos anos :
quase todo o gado ovino do sogro
pertence-lhe graças às suas fraudes e artimanhas sutis requintadas.
Tais expedientes  lhe permitiram apossar-se
da maioria da riqueza do sogro ludibriado.
Porém vai e vem em segurança, incólume
e ainda, de volta, faz as pazes com o irmão Esaú
seu objeto dileto das tramóias infanto-juvenis.

Todavia, Jacó cresce em espiritualidade
e alcança a altura dos céus
além de construir para ida e volta
uma escada de acesso ao divino senhor.
Isto lhe dá outro "status":
Jacó tem cacife, lábia,
mas também tem intelecto e percepção místico-religiosa
de alto nível, elevado teor.
Não é um bronco.

Na Subida do Escorpião
havia uma verso de Deus
escrito na pérola,
versando sobre Midiã
e os midianitas.
Jacó poria seu pé e pó nele,
no versículo que se canta.
Jacó o homem comuníssimo,
bem-sucedido economicamente
que, somente por isso,
teria se transformado em mito ou lenda
à testa de uma imensa fortuna econômica;
Israel o novo homem
nascido e criado no espírito de Deus
nutrido com a sabedoria,
originário  do espírito santo de Deus
que impregnava seus atos.
 (Israel é o homem fictício
descrito para o mito :
o ser histórico
que atravessa o pensamento
montado num corisco ofuscante;
Jacó o homem real
que também deixou de ser real
ao plantar-se no canto que dança o não-ser
oriundo da tradição : lenda.
A história é isso :
a coexistência de mito e lenda,
o  ser na escrita ou história
o ser na tradição oral.
( Que é o ser?!...
Que é ser!?...:
- algo que não sou não é...).

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Ficheiro:Wutenberg Bibel 1558.jpg