Num estudo subjetivo e objetivo do tempo, temos que, subjetivamente,
neste mundo interno do sujeito ao homem, o tempo é uma intuição, ou
seja, uma razão intuitiva e uma percepção intuitiva, meio a meio,
digamos.Não é o tempo real, mas ficcional, subordinado ao universo do
sujeito metido em equações enquanto sujeito e tempo. O tempo é um
sujeito originário no objeto do tempo. Não sabemos, não percebemos
quando o tempo começa nem acaba, nem o real e tampouco o imaginário ou
psicológico.
O tempo objetivo está no campo de observação do ser e do ente subjetivo.
É um objeto partilhado com o subjetivo : um meio sujeito : o centauro
da metáfora. Ao estudar o tempo inclinamo-nos sobre nossa ignorância,
investigamo-la.
Um dos primeiros estudiosos a tratar o tempo com implicação filosófica
foi Aristóteles, que o tratou inteligentemente, como de hábito.
Heráclito explana sobre a mudança na forma de aforismos(aforismos!).
O tempo é um
objeto duplo, considerando a relação inteligência-natureza, um dual.
Impossíveis de determinação do parte do cognoscente imaginário. Talvez
por isso os filósofos priorizem o ser e estudem pela via da ontologia
filosófica e não por ciência, que não tem mostra de perspectiva
filosofante.( Claro que isso que explano aqui refoge ao entendimento
limitado dos cientistas, pois crêem piamente que a ontologia filosofia
tenha algo a ver com a "ontologia" científica. São voltas no estudo que
as distorcem uma à outra. Elas se miram no espelho).
A ontologia, na ciência, visa a um objeto, que não é um ser, mas um
ente; na filosofia o que se busca é o ser, enquanto ser e não no momento
fenomênico da manifestação do ser. O ser não é um objeto, tampouco se
subsume no fenômeno ou no fato. Aliás, nenhum objeto de ciência é
simples e determinável, mas complexo e indeterminável. Na verdade é uma
polifonia química, outra física, outra antropológica, outra
espiritual...
Kant estudou a ontologia da maneira reta e sábia, mas, por isso mesmo,
foi mui ridicularizado e criticado injustamente até nos meios
filosóficos, mesmo entre os filósofos eminentes. Não tiveram a
compreensão do quanto Kant aprofundou e requintou a filosofia, sempre
com base em Aristóteles, o filósofo. É o grande marco da ontologia;
todavia, poucos estão cônscios dessa excepcional revolução intelectual,
mormente no pensamento ontológico.
A filosofia é outra coisa e não
cabe na alma da ciência, mas sim na alma de Aristóteles, o homem medido,
o nobre identificado, o sábio filósofo que elevou a razão à divindade.
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