quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

CONOTATIVA, CONOTATIVA - verbete glossario etimologia



A  Bíblia não  tem fatos,  não apresenta fatos,  não descreve fatos,  senão travestidos de  personagens de histórias, que estouram o touro da visão do profeta Ezequiel  e estornam o tecido, que é a história mesclada com estórias, a consonar com a distinção definida  em vernáculo, que contempla os dois leques de opções para uma  narração : a ficção (estória) e a realidade ( história). Esse  centauro, que é a história-estória,  com seu dúplice “Nous”, as duas inteligências que tomam perfazem seu trajeto pela via do  ser aberto,  as quais estão em companhia de toda narração, seja ela denotativa ( sem a companhia do homem individual, o único existente) ou conotativa(conotativa) ( com a inteligência que se socorre do indivíduo).
A história é uma trama tecida com atos e fatos humanos, portanto a história padece de histologia,  ou seja,  é um estudo  de tecidos, não do corpo humano, como  aquele ramo da biologia ( a história no “logos” tratando, falando, escrevendo sobre a vida que traz uma trama diversa para a função de cada órgão ou víscera :  o parênquima que constitui cada tecido, que escreve sua história na histologia,  utilizando-se do alfabeto de geoglifos e petroglifos que descrevem e põe em fisiologia ( função) o corpo humano : um corpo de  sátiros,  faunos que vestem a natureza humana , vegetal e animal), esgalho que trata do corpo humano nos moldes anatômicos e fisiológicos. O lógico no “logos” logo, de uma vez, de chofre.
A história, esta histologia do “logos”, com corpo no “logos”, é a doutrina dos atos humanos individuais e coletivos, que se casam na intercessão dos  tecidos : é uma histologia das ações dos  seres  humanos individualmente e coletivamente, pois os atos individuais dos homens deságuam nos  atos e fatos coletivos,  porquanto na  história, a histologia se retorce de novo,  em novel agonia : agora em campo social, na sintaxe que toma corpo de soldados  em pelotão  e dão forma  à  história com “logos”: historiologia  e com “grafos” : historiografia, que tecem, de um indivíduo-aranha a outro indivíduo-aranha atos  que, consumados, são fatos  ou feitos heróicos, épicos,  cantados na voz dos clássicos poetas Homero e Hesíodo, que não são meros poetas, mas  sábios escritores, cientistas,  filólogos e filósofos primevos(?), que cindiram com suas espadas e penas,  fatos e atos, fato em atos,  fatiados, os quais dão em  histórias e coisas ao vento, - vento  com tosse ou torcicolo a tiracolo no colo do canguru, que se serve do vocábulo “marsupial” para dizer da bolsa que leva o filhote durante o estirar-se em longas distâncias em saltos com pernas  que parecem feitas “de molas”, nas indústrias de colchões e suspensão de veículos.
História, enquanto ciência autônoma, não posta fato, mas descreve-os em atos como personagens de lendas , oriundas da oralidade, que, posteriormente, distorce-se em  garranchos que se agarram em mitos ( escritos) para sobreviver sobre a terra maninha, às vezes pétrea, de lei ou por rei morto ou posto. Aliás, tudo o que é bibliográfico ( escrita é “bíblia”, embora o digam também do “livros” ou dos “pequenos livros”; tudo o que está escrito é história ( narrativa ou dissertação com presunção científica ou técnica) e estória( lenda, mito obra de ficção, novela),  ao menos nesta língua portuguesa ( com certeza!), em grego clássico , antes dos clássicos Platão e  Aristóteles e Plotino, Sêneca,  Epicuro,  o filósofo do jardim, dentre outros, mormente os pré-socráticos, cujos tecidos vem de sue pensamento, o qual, por fim, ou no fim nobilíssimo, leva o nome derradeiro de Aristóteles, não um nome de homem, mas de um tempo findo com a máxima glória por seus escritores, poetas, cientistas e por, fim, por seu último astro do pensamento, pelo coroamento da reflexão e da ciência e das artes com a obra magna da Hélade : a  filosofia , que emerge da mente do  filósofo nobre, aristocrático, que finaliza gloriosamente o pensamento de milênios : Aristóteles, que dá maioridade ao pensamento pela elaboração do pensamento filosófico, algo que diverge do pensamento de todas as culturas anteriores e posteriores..
A história é um fato à parte, único, quiçá, nas culturas e civilizações dadas em letras que contemplam o passado mental e social e individual pelo andar do idioma. A história, como qualquer ciência ( a química , para exemplo) não é um fato natural, real, mas um fato virtual, mental,  cultural, apartado do universo,  encontradiço  tão-somente  dentro do cérebro humano, posto (tese) como mente pelas palavras que a narram, descrevem e estudam, no ato contemplativo final. É o ato do homem transmutado em fato, ou nele concretizado, definido, fossilizado. Está fora do universo material, tangível. É ato e fato intangível, ato e fato do ser, cuja gênese está no esquema a seguir : Ato pré-fato; fato pré-ser -do- homem,  fato ser-do- homem-na-temporalidade e  fato pós-ser-do-homem, em pós as alvoradas., no deitar o sol no arrebol. Tudo isso exilado da realidade e do universo ou mundo natural, diverso da cultura dos deuses, mas que versa sobre a cultura dos vegetais.
Por certo que todos os homens apanham o ser, carregam-no  ao longo do caminho, mas nem todos desenvolvem esse ser em intelecto a ponto de criar atos que dão  em fatos, os quais são alienações de seus pensamentos. A maioria dos homens apenas repetem tais atos, que já estão  há anos, séculos ou milênios incrustados na história ou na arqueologia do corpo humano, que se lê e escreve em genética, seus  geoglifos  e carregam o tempo consigo como um anão incômodo e pesado, empecilho  ao voo das procelárias metafóricas.
O algoritmo é um fato que, após a operação do homem que o criou e lhe  assoprou nas narinas a dor da vida com alma ( vida móvel no concreto que entra pelo universo abstrato), move-se ( é alma) solitário no mundo, como qualquer protozoário, pois é, de fato, um protozoário-do-homem,  ou realizado pelo homem, um artefato  feito pelo homem,  que, não obstante,  tornou-se  independente do seu criador, o homem,  tendo seus próprios movimentos, tal qual o próprio homem, agindo muitas das vezes por si ou de encontro às regras,  da mesma maneira que  o homem livre e inteligente, que, em si e por si, de per si, já é uma raridade ( “Avis rara”) dentre a multidão de escravos obedientes por fora e por dentro de seu espírito pensante, que se rendeu às normas traçadas por outrem, quer seja esse “outro” ou outros a comunidade ou a divindade, ou o que seja.
O algoritmo é um fato totalmente emancipado do homem,  do seu criador, assim como o é o homem sábio o  gênio raro, ou seja, o homem criador ( gênio) e o glosador ( sábio), os quais se debruçam sobre o mundo real, não o dado, mas o construído segundo a inteligência que os criou ( o gênio) e o sábio que os põe sob a crítica epistemológica do filósofo, que versa sobre a obra do esteta e a obra do pensador, do filósofo, do sábio e do erudito, os quais são entes intelectuais diversos. O gênio e o sábio tratam da sabedoria enquanto o erudito sobrevive do conhecimento. O conhecimento, a ciência, a erudição são pertenças do  homem : do crítico erudito, do filólogo, do homem de ciência, do poeta erudito; já a sabedoria concerne à natureza, ao saber natural  das “divindades” humanizadas: os gênios e os sábios, que podem se exprimir como filósofos,  pensadores da ciência, críticos epistemológicos da arte, da metafísica e da física, poetas, artistas, etc.
O sábio  estuda o mundo natural, onde a sabedoria infinita é mestra. O gênio cria sobre esta natureza, pois contempla o real e não a realidade, que é o real dado, - dado dos sentidos e dado elos sentidos!;  já o erudito se embrenha na literatura ou nas literaturas de todo gênero, que cobre todas as artes e ciências,inclusive a filosofia;  seu universo é meramente cultural e não selvagem,  não-natural,  mas artificial, cultural,  em oposição ao universo enfrentado e vivido pelo sábio e pelo homem de engenho: o criador e o crítico da criação, o conhecedor profundo universo natural e do mundo do homem, o comentador , o crítico epistemológico, o filosófico que se inclina sobre a obra do gênio.
O algoritmo é obra da criação do gênio matemático, gênio da linguagem, mas obra da compreensão u dada á compreensão, á inteligência, pelo sábio, que é a um tempo filósofo, homem teórico e esteta,  ao mesmo tempo  que erudito,  o que o faz apto a  bem  exprimir na língua da cultura o engenho do homem de gênio, que pode ser um poema ou um motor de explosão : motor Otto. E, outrossim,  pode apontar, na sua análise epistemológica, que envolve até contextos os mais variegados, os equívocos técnicos, mormente tecnológicos e lógicos, até, em alguns casos, ontológicos, que o inventor, o gênio cometeu por verter seu “mundo “ conotativo, subjetividade objetivada no objeto da criação. Na criação está o criador,
Mas também a visão de seu crítico a impregna indelevelmente e a corrige, dá-lhe ao reparo dos inventores  menores que se seguirão ao maior : o primeiro.
O sábio é o filósofo  erudito, homem versado na sabedoria natural e na erudição das línguas cultas, ou o poeta-filósofo, a um temo erudito e dotado de profunda sabedoria natural, mormente porque o poeta e o profeta vão mais longe e fundo neste saber.
O fato “in natura”, fato não dado, não dado aos sentidos, mas inato, antes do fenômeno que o leva aos  sentidos, dentro apenas na natureza em si ( “a coisa em si” de Kant, que em tudo arremeda  ao platônico), o qual  é transformado ou transportado para a palavra“realidade”, a qual se refere por afecção  dos sentidos à coisa (da “res” em latim), não apenas a representa, mas é a coisa dada; daí , aliás, é que provém  a palavra “realidade”, ou seja, a coisa dada, o real dado ( real + dade), somatório das locuções : real + dado, o qual funda o vocábulo para o encontro dos sentidos com a coisa dada aos sentidos em operação natural, que se manifesta no fenômeno, objeto da fenomenologia estudada  e fundada pelos escritos pensantes dos filósofos Hegel  e  Edmund Husserl ) .
O fato “in natura” não é  o mesmo fato dado em fenômeno : é outro fato, outro objeto científico. Repetindo à exaustão: o fato em natureza , fato natural,  não é o mesmo fato quando captado pelos sentidos, porquanto este último é o fato fenomênico,  o fenômeno, algo dado pelo encontro do  real, com os sentidos, do real retirado ou percebido pela sensação, sensibilidade ; entrementes, no  paradoxo que não dista do conhecimento, senão pelo morto, é  o mesmo fato,  apenas destituído do sabor que lhe confere  os sentidos,  os quais  lhe emprestam  outro saber no desvio da curva cartesiana dançando  em parábola  gráfico fora.
 
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